Passamos por ciclos na vida e nas nossas relações. Momentos onde estamos expandindo, dando consistência, destruindo para reconstruir... Isso acontece também no nosso trabalho. A nossa atividade profissional é para aonde a gente doa maior parte do nosso tempo.
É claro que o que você faz e, principalmente, como você faz, vai influenciar seu bem estar, a sua saúde e os outros aspectos da sua vida. O corpo não consegue separar em caixinhas (trabalho, família, saúde e etc.). Tudo influencia em tudo.
Por isso a importância do equilíbrio e de sair do piloto automático para tomar as melhores decisões para a sua vida.
Uma das questões frequentes é quando mudar... Isso vale para o seu trabalho, mas também para as suas outras relações. A ideia é a mesma. Mas, e quando fazer isso? Como ter certeza? Ter segurança? Fazer a coisa certa?
Primeiro é importante observar que quando a gente quer mudar ou pensa sobre isso, normalmente estamos em conflito. O conflito tem a habilidade de nos deixar míope, por isso, temos que ter cuidado em não decidir precipitadamente.
Como? Precisamos entrar no nível da neutralidade. Por quê? Quando estamos em conflito nosso foco é no que não está legal e ficamos cegos para o resto. Ao fazer isso só temos acesso ao problema e pensar e falar sobre ele nos deixa tensos e com maior nível de cortisol. Resultado? Falta de clareza mental e soluções criativas. Aqui você perdeu toda a sua energia e racionalidade.
Não tome decisões quando perceber que está nesse estágio.
Faça perguntas diferentes para entrar na neutralidade: O que existe de bom no meu trabalho ou nessa empresa? O que eu valorizo? O que eu aprendo? Onde eu ganho? O que eu faço aqui que me faz bem? Faça isso até se sentir melhor. Isso não serve para você ficar passivo aceitando todas as condições, nem para você gostar do que não é bom. Serve para você ser mais honesto olhando um aspecto mais amplo da situação e, para liberar uma química de bem estar no seu corpo, suficiente para se movimentar na direção adequada.
Quando perceber que está enxergando o todo com mais lucidez, se questione: Posso suportar o que me incomoda em prol dos benefícios? Se sim, é porque você tem mais razões para estar nesse lugar. Ainda tem algo pra você aí. Se você pode suportar a parte que não aprecia, não a potencialize mais. Silencie e foque na parte que existe e que é a razão para você estar aí. Não colabore com o que te incomoda. Experimente tirar a atenção desse aspecto, você vai ver o poder da sua atenção.
Se você não pode suportar, desfaça a relação. A pior coisa que tem é estar numa situação que você não suporta nutrindo diariamente a sua reclamação. Vá embora, é melhor para você e para esse ambiente também.
Escolha e seja feliz com a sua decisão. Uma vez feita, é a melhor. Confie nisso para poder experimentar com intensidade o seu novo caminho.
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